Vendo a notícia recente de que a Premier League (campeonato inglês
de futebol) terá os direitos de sua transmissão para a próxima temporada
estimada em 16,3 bilhões (mais caro do que a NFL), começamos a analisar o quanto o
mercado esportivo é valioso e vasto para trabalharmos comunicação nos dias
atuais.
Mas de onde surgiu todo esse “império do esporte” fortemente
sustentado pelos direitos de transmissão dos eventos?
Na Formula 1, em 1972, quando ainda não havia contratos para a
transmissão de eventos esportivos, o então dono da Equipe Brabham, e hoje o
mais poderoso magnata do automobilismo, o inglês Bernie Ecclestone formou junto
com outros donos de equipes da Fórmula 1 a F.O.C.A. (Formula One Constructor´s Association),
com o objetivo de negociar o lucro das bilheterias dos autódromos e também os
diretos de transmissão das corridas. Até então, só os organizadores das provas
tinham o direito de lucro com as corridas, o que lhes davam o direito de
controlar a verba das equipes (isso até o final dos anos 60). A partir dessa
medida, aliada à grande visão de Bernie que assumiu o controle da formula 1, cargo
que ocupa até hoje, as equipes ganharam maior independência, o que aumentou
exponencialmente os investimentos na formula 1, fazendo dela atualmente a
categoria esportiva mais cara do mundo. Só na Europa ela tem o valor de sua
imagem estimada em 350 Bilhões de euros por temporada.
Esse episódio ocorrido na F1, no início dos anos 70, modificou não
só o panorama da categoria, mas todas as modalidades esportivas seguiram este
modelo para negociação dos seus respectivos direitos de imagem. É assim com os
campeonatos europeus de futebol, Major League, Beisebol,
NFL, e NBA nos EUA, e mais recentemente com as transmissões do Campeonato
Brasileiro de Futebol, onde o então presidente do Corinthians Andres Sanches,
quebrou o protocolo burocrático seguido pelo Clube dos 13 e passou a negociar
os direitos de transmissão do clube diretamente, sem a intermediação do Clube
dos 13, o que contribuiu significativamente para o aumento de valor da
competição, contribuindo para o bom momento econômico do nosso futebol.
Pra concluir, temos que ressaltar que o espaço esportivo na
televisão cresce cada vez mais, até mesmo pelo fato de ser algo não muito
aceito em VT’s ou reprises, portanto, não tão atraente na Internet para
transmissões, mas com grande espaço para noticiários, venda de produtos e
conteúdo extra-transmissões na rede.
Por isso temos de olhar cada vez mais para esse mercado rico e
crescente. Afinal, não é nada mal explorar este momento, não é mesmo,
comunicadores?
Canny Publicidade
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