Atualmente,
as empresas têm usado ferramentas que vão além da publicidade para chegar ao
consumidor final e aumentar seus resultados tanto em relação a vendas, votos e
afins, quanto na fixação de suas marcas na mente dos consumidores. Uma dessas
ferramentas é o uso de matérias jornalísticas que levam nomes ou citações
claras de marcas e empresas, o que por um lado pode ser considerado papel do
jornalismo no que se diz respeito em levar a informação. Mas até que ponto isso
pode ser benéfico à sociedade?
A
invasão de logotipos, candidatos a cargos políticos e serviços nas páginas dos
jornais, nos artigos da internet e nas matérias de jornais e revistas entre
outros, tem tornado o jornalismo cada vez menos imparcial, não que exista
informação integralmente parcial independentemente de como ela é passada. Essa
prática vem tornando os veículos cada vez mais reféns das empresas que vem
adotando esse método para chegar ao consumidor, pois através dessas matérias, o
número de anúncios dessas instituições também cresce nos veículos, fazendo com
que a receita dos veículos de comunicação aumente.
Além
disso, a dificuldade da sociedade em formar opinião de forma coerente é
altamente afetada por essa prática, pois com veículos agindo cada vez mais de
acordo com o interesse dos anunciantes, a função pública desses meios acaba
sendo não cumprida. Uma informação completa depende da verificação de dados e
da comparação entre produtos de forma correta, e este processo é que se perde
quando esse tipo de informação é “criada” por profissionais que no fim das
contas não tem a finalidade de informar a população e sim apenas de fazer
divulgação em nome daqueles que bancam seus interesses.
Nós
da Canny acreditamos que todos os veículos têm total direito de trabalhar a
favor de seus anunciantes. Por isso, existem tantas formas de divulgação como
atrelar nomes de programas a anunciantes, anúncios chamados popularmente de
“merchans” em programas diversos, ou até mesmo a entrada de produtos em conteúdos
fictícios como séries, novelas e afins, através do também chamado
“merchandising televisivo” ou até mesmo da nova prática conhecida como advertainment.
Mas temos de pensar até que ponto os anunciantes têm direito de interferir na
forma em que recebemos a informação.
Canny
Publicidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário