Mesmo antes do surgimento da
televisão, os meios eletrônicos já serviam para a conquista da simpatia do
povo. É célebre o caso do ministro da propaganda de Adolph Hitler, Joseph
Goebbels, que priorizou o rádio, veículo de comunicação de massa mais popular à
época, apresentando somente as virtudes do Führer, sem citar seu lado negativo e,
em apenas um ano, aumentou em mais de 25 milhões o número de ouvintes.
Em tempos mais recentes, o vídeo
da candidatura do democrata John Kerry à Presidência norte-americana foi
assinado pelo cineasta Steven Spielberg e contou com a narração do ator Morgan
Freeman, ambos vencedores do Oscar, prêmio máximo do cinema mundial. O
candidato brasileiro Fernando Collor de Mello usou e abusou da imagem no pleito
de 1989. Conquistou boa parte do eleitorado e continuou a explorar o marketing
pessoal durante seu mandato.
O jornal Folha de São Paulo
divulgou nesta semana que os candidatos à prefeitura de São Paulo vão aparecer
mais na televisão do que os maiores anunciantes do país. Em Curitiba, a
situação não é diferente, o atual prefeito Luciano Ducci, por exemplo, terá o
maior tempo também nas inserções. Serão 10’45’’76 diários, totalizando, ao
final da campanha, 968 comerciais. Mas será que esse modelo irá
resistir aos avanços tecnológicos?
Um dos mais novos cases de
sucesso no Marketing Político é o do presidente e candidato a reeleição
americana Barack Obama. Após ser o primeiro candidato negro a concorrer à
presidência americana, Obama inovou e foi pioneiro no sentido de usar as novas
plataformas midiáticas a seu favor. Com uma estratégia bem definida e ganhando
as pequenas votações e "caucus" (assembléias de eleitores), Obama
inovou não como falar, mais sim com quem falar, já que no EUA o voto não é
obrigatório, e por isso, falou com os mais pobres, jovens e a comunidade
latino-americana, já que a proposta que esses leitores buscavam era uma mudança
na administração do país, principal lema de campanha do atual presidente.
Obama que de acordo o estudo,
denominado Twiplomacy que é realizado
por uma empresa suíça, revela que o presidente dos Estados Unidos é o que tem
mais seguidores no Twitter com 17.115.077. Já o presidente venezuelano surge em
segundo lugar, mas a diferença é grande, com 3.152.608, segundo os dados
recolhidos pelo estudo, no dia 1 de julho. Enquanto no Brasil os top 3 da lista
são a presidente Dilma Rousseff que tem 1.706,223, o candidato a prefeito de
São Paulo José Serra com 1.017,348 e a candidata nas ultimas eleições Marina
Silva com 633.411 seguidores.
Para se ter uma ideia da
diferença que há no recurso de uma das mais populares redes sociais, o
presidente português, Cavaco Silva, tem apenas 2.215 seguidores. Bem menos do
que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que reúne 10.199 interessados nas
suas mensagens.
O estudo conclui que dois terços
dos líderes dos 193 países representados nas Nações Unidas estão presentes no
Twitter, num total de 264 contas, 45% das quais são de chefes de estado ou de
Governo. Contudo, apenas 30 a usam pessoalmente e muito poucos com
regularidade.
Nessa campanha, a reeleição de
Obama inova mais uma vez. Depois de usar o Twitter, Site, Facebook, bloggers
entre outros. Agora Barack Obama quer os votos dos norte-americanos apaixonados
por games de esporte desenvolvidos pela EA Sports que vai veicular suas
campanhas publicitárias dentro dos jogos da produtora. A campanha será
veiculada apenas em alguns estados americanos: Ohio, Nevada, Colorado, Iowa,
New Hampshire e Virginia. Segundo informações do site GamePolitics, a
publicidade não significa que a EA esteja apoiando Obama: A EA aceita inserir
campanha para candidatos políticos credíveis, de forma semelhante à TV, rádio
ou qualquer outra mídia. A publicidade, no entanto, não representa qualquer
posição política da EA.
Conhecido por sua ligação íntima
com as novas tecnologias, Obama quer aparecer nos games da companhia para
atingir os eleitores mais jovens. Os comerciais do candidato do Partido
Democrata estarão em jogos como Madden NFL 13, Battleship, Tetris e outros.
Mas será que só a mudança de
modelo garante novos votos?
Para consultora Gil Castillo que é Diretora de Relações Públicas da Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP), apesar de a classe política estar desacreditada pela população, o eleitor está mais crítico e vai comparar as propostas e a apresentação dos candidatos. “Não podemos mais assistir a esses programas fantasiosos. O candidato tem que saber se posicionar dentro de sua história com veracidade e de acordo com a demanda que a população espera e precisa.”
Equipe Canny Publicidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário