O aumento do
acesso à internet no Brasil modificou vários hábitos de consumo
no país. Vários mercados tiveram que se reformular e outros entraram em
declínio. Devido à dificuldade de adaptações, um dos setores que vem encolhendo
quase que de forma irreversível por conta dessas mudanças de hábito é o da
pornografia, que tem duas realidades distintas dentro deste mercado.
De um lado, as
produções pornográficas vêm caindo drasticamente, pois devido à pirataria e o
aumento do acesso à pornografia gratuita na internet fizeram com que os
consumidores deste tipo de produção deixassem de comprar os filmes e DVD’s com
conteúdo adulto, interrompendo o crescimento deste mercado que era continuo
desde a década de 90. Por outro lado, o consumo de outros produtos eróticos
como lingeries, equipamentos para uso sexual, entre outros vem crescendo a
índices acima da média dos outros setores de mercado aqui no Brasil. Segundo a
ABEME, o mercado de produtos eróticos cresceu 18,5% no ano de 2011,
movimentando aproximadamente 1 bilhão de reais. Outro dado interessante é que o
número de representantes de vendas aumentou de dois mil para 85 mil nos últimos
dois anos.
O que podemos
observar é que, apesar de um forte declínio nas produções pornográficas, fato
que aconteceu no Brasil (e no mundo), é decorrente de uma mudança de hábito de
consumo deste setor, pois na internet, o próprio consumidor é produtor de
conteúdo pornográfico, os vídeos amadores são um grande sucesso na internet e
tem abastecido vários portais de vídeos eróticos, e isso aguça a curiosidade e
consumo deste tipo de consumidor que assiste mais conteúdos dessa natureza, e é
o que mexe com a vida sexual ativa deste público e incentiva o consumo dos
demais produtos. Esse efeito causa certo contrapeso entre estes dois subsetores
do mercado, obrigando todos os envolvidos no setor a se reeducar e procurar
alternativas para atender este novo consumidor que produz parte do próprio
conteúdo que consome algumas vezes e é muito mais aberto a experimentos se
compararmos a anos anteriores.
Estas mudanças
no mercado, aliada ao aumento de consumidores deste mercado abre novas
oportunidades de negocio no setor, já há discussões até mesmo para produções de
conteúdo e produtos eróticos voltados para o público religioso (é isso mesmo,
acreditem se quiser), o que começa a gerar certa polemica, pois cristianismo e
erotismo não são coisas que se combinam. A própria história da humanidade pode
nos mostrar isso, pois o vídeo abaixo mostra uma mulher que dá aulas de pole
dance especialmente para consumidoras cristãs.
Além de já
existirem produções eróticas voltadas aos cristãos... Bom, poderíamos prolongar
esse assunto durante muito tempo.
É legitimo
explorar setores como o religioso para a expansão do mercado erótico?
Canny Publicidade
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