As grandes tardes de domingo com
uma grade antes direcionada ao público infantil perdeu espaço para programas
que nada acrescentam ao telespectador ou até mesmo é inadequado para a faixa
etária que tanto espera um programa que traga algo de real valor e
desenvolvimento.
Ainda ao ritmo do mês das
crianças, uma pergunta que sempre era feita nos programas de auditório
infantil: O que você quer ganhar? O sortudo não pensava duas vezes e respondia
com toda empolgação: uma bicicleta.
Objeto de desejo e sonho
realizado por milhões de crianças que formavam grandes grupos e saíam pedalando
pelo bairro a fora. Uma forma de interagir, gerar amizades, conhecer pessoas,
lugares e o melhor de tudo, colocava o corpo e a mente em atividade.
Qualquer tipo de brinquedo era
motivo de festa e reunião entre amigos e familiares. Mesmo para aqueles que não
possuíam nenhum material, eram bem vindos também. De repente todos os fatores motivadores para
o crescimento de uma criança sadia vistos na televisão de canais abertos somem
e toda a grade muda, os jingles de lançamentos de brinquedos são apenas vagas
lembranças.
Os tempos são outros e muito do
que tínhamos em canais abertos estão sendo vinculados em canais fechados, da
mesma forma que existiam programas nas belas tardes de domingo totalmente
direcionada ao público infantil-família.
A realidade mostra que poucas pessoas têm acesso a canais por assinatura
ou mesmo às informações básicas, ainda com a televisão detendo o poder de ditar
certas tendências e mesmo que muitos digam que o fim esteja próximo ainda sim é
um forte influenciador. Com a chegada de novos meios como a Internet, figura
como uma grande força para as mudanças de paradigmas de mais de 60 anos da
televisão no Brasil, presente principalmente no cotidiano ainda não está tão
desenvolvida por aqui como em outros países.
O Brasil ainda está longe de
países do norte europeu e da Ásia, que lideram a lista de inclusão digital.
Mas
o acesso à internet está em crescimento no país. Enquanto a Suécia lidera a
lista com 97% da população tendo acesso à rede em casa, a taxa brasileira é de
33% - ocupa a 63ª posição entre 154 países no mundo.
Entre cliques, acessos, conexões, links, vídeos e posts o
modo de ser criança acabou tornando-se algo robótico, automatizado e faz com
que etapas de desenvolvimento sejam passadas ou mesmo despercebidas. Ser
criança, atualmente, é não saber o que realmente é ser criança, pois já virou uma
brincadeira sem graça.
Equipe Canny Publcidade
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